A condição negativa da personalidade alheia: o envolvimento do reikiano com o receptor
É importante o mestre falar com seus alunos sobre o assunto a seguir:
“O problema de se envolver com a condição negativa de outra pessoa é de grande im
É importante o mestre falar com seus alunos sobre o assunto a seguir:
“O problema de se envolver com a condição negativa de outra pessoa é de grande im
portância, e virá à pauta repetida vez, em quaisquer estudos concernentes à arte de curar aos quais, você, o terapeuta eventualmente procederá. Há muita mistificação, dúvida e medo em tomo à questão, mas a verdade inalterável é realmente muito simples: você não pode se envolver com a condição negativa da personalidade alheia; a única condição a que você tem acesso é a sua.
Muitas pessoas acreditam erroneamente que, se não tomarem muito cuidado ao fazerem as pessoas com quem trabalham liberarem cargas negativas, elas acabarão absorvendo e desenvolvendo essa condição negativa em si mesmas. Muitas delas temem também ser vítimas da dor de cabeça alheia, cansaço ou até mesmo de uma doença. Sentem-se vulneráveis devido à aparente falta de imunidade do estado em que se encontram quando canalizam a energia Reiki para alguém direta ou à distância e, por isso, muitas têm aparecido com métodos de proteção para si mesmos.
A expressão condição negativa tem sido utilizada por pessoas que praticam cura, por gente que se entrega à meditação e por pesquisadores do espírito em geral para designar diferentes formas de energia negativa: rancor, medo, autopiedade, vícios comuns, crenças perniciosas, ideologias alienantes e assim sucessivamente. Condição negativa nos dá a noção de que isto não faz parte do que realmente somos, e de que estas experiências não são, de fato, negativas; elas são simplesmente várias formas da nossa resistência à experiência da Luz. Representam as nossas próprias impurezas espirituais, mentais, físicas e emocionais, à parte do estojo geral da condição humana que aqui pretendemos experimentar e transformar.
Sendo tão populares, essas crenças não apresentam nenhuma validade. Eis um exemplo de uma experiência entre as várias que dão origem a esses mitos: suponhamos que o terapeuta reikiano esteja em meio a uma sessão de cura com alguém doente. Se ele já trouxer comigo boa quantidade de dores reprimidas e mágoas ainda não resolvidas, só o fato de ele tornar-se consciente das dores e mágoas dessa pessoa despertará nele emoções semelhantes, antes adormecidas no fundo do seu ser, trazendo-as à superfície. No final da sessão, é possível que ele se sinta entristecido ou perturbado, e ache que adquiriu a mágoa ou a dor da pessoa; mas isso não passa de um engano; os sofrimentos que ele traz em si, pois os únicos a que ele tem acesso são exclusivamente do terapeuta.
Esse processo é muito semelhante ao de assistir a um filme. Se ele for triste, pode ser que nos faça sentir tristeza através de nossa identificação com os personagens. Porém, para a maioria de nós, essa tristeza se esvai até chegarmos ao estacionamento.
Contudo, o que dizer dessas poucas pessoas que acabam se sentindo tristes e melancólicas todo o resto da noite e até mesmo nos dias posteriores? Causou-Ihes o filme tanta tristeza e depressão? Parecerá claro que elas possuem como que uma condição individual, relacionado à tristeza que o filme despertou e trouxe à luz e, quanto mais bem-feito o filme, mais propícias pessoas estarão a ser apanhadas na trama das suas próprias emoções.
O que acontece quando o terapeuta presencia uma pessoa dar vazão a toda a sua tristeza, durante uma sessão de Reiki, não difere muito de assistir a um personagem vivendo suas desventuras numa tela. Quanto mais profunda e sincera a emoção sofrida pelo receptor, mais possibilidades o terapeuta tem de ver despertadas as suas. É importante lembrar que, seja qual for à experiência a que ele se entregue emocionalmente, tudo deve ser considerado apenas como a própria resposta emocional - ele não está adquirindo estas emoções de outra pessoa.
Ainda que determinada pessoa possa despertar no terapeuta certo sentimento de resistência ou algo que lhe sirva de obstáculo, dificultando a sua purificação (purificação desses mesmos sentimentos negativos), é necessário lembrar-se de que essa parte, inerente à sua própria condição negativa, ora desperta e vem à tona, sem ter-se originado noutra pessoa.
Tudo aquilo a que alguém se opõe (ou melhor, aquilo que o faz reagir) em outra pessoa sempre será o que você dissimula e tem medo de aceitar em si mesmo. A recíproca também é verdadeira: tudo aquilo que você não aceita dentro de si é o mesmo a que você se opõe em outra pessoa. A responsabilidade por seu próprio estado de espírito é inteiramente sua; a única condição negativa que constitui a sua personalidade só pode ter origem em você mesmo.
Mesmo quando as nossas emoções são provocadas por outra pessoa, o que realmente consegue obstruir a energia, durante a sessão de Reiki, são as nossas próprias reações a essas emoções. Quando sentimos ou reagimos às emoções latentes em nós mesmos, acabamos travando uma batalha contra nós próprios, bloqueando o fluxo da energia e impondo um cerco a nós mesmos.
Portanto, a chave para o terapeuta conservar-se em equilíbrio durante a aplicação de Reiki é cultivar para si mesmo, em relação à outra pessoa, uma atitude de aceitação consciente e de não reação.
Isso significa que, você, terapeuta reikiano, se uma emoção surgir em si (ou em outra pessoa), você não deve opor a ela, nem expulsá-la de si mesmo, nem se identificar com ela, nem alimentá-la; antes, aceite essa emoção e permita-lhe continuar no lugar onde está. Você deve se manter distante, deixando-a isolada. Assuma a postura do observador passivo diante de qualquer súbita emoção que possa sentir, em vez de tornar-se cativo dela ou de lutar contra ela e, inevitavelmente, acabar dominado.
Então, ela lhe passará como passam os pensamentos fugidios, e proporcionará lucidez e clareza em suas idéias. Em suma, isso equivale a aprender a conviver consigo mesmo e com os outros, ao invés de tentar resistir ou reagir a coisas que estão acontecendo.
É também possível, sem que se bloqueie o fluxo da energia, reproduzir em certa medida ou criar um reflexo do que a outra pessoa está liberando, ou captar a imagem de sua condição em nosso corpo. Isso contribui para que você sinta em seu próprio corpo o que está obstruído ou que está sendo liberado pela outra pessoa.
Reproduzir essa imagem não implica fazer despertar sua própria condição e nem adquirir a condição de outra pessoa. Apenas significa pôr-se temporariamente no lugar do outro para compreender como ele está se sentindo. Mas se você tiver sua condição despertada, pode voltar ao seu devido lugar. Algumas vezes, o agente de cura reproduz em si essa condição inconscientemente. Se o fizer, quando a aura da pessoa se, tomar clara, a sua também se tomará. Reproduzir a condição de outra pessoa é um ótimo instrumento. E não altera a linha mestra do trabalho; a condição negativa que você carrega consigo tem origem em você mesmo.
Aceitação consciente e não reação é, na verdade, o mesmo que o estado apropriado da mente. Para aceitar ou permitir a alguém ser como verdadeiramente é você também precisa permitir a si mesmo ser exatamente como é. De outro modo, toda vez que resistir a algo que começa a tomar vulto dentro de você, como uma forma de negar a si mesmo, você acabará resistindo à pessoa que, involuntariamente, desperta, de maneira semelhante, a emoção dentro de você.
Para sentir genuinamente amor incondicional por mais alguém, é preciso que você o sinta por si mesmo. Esse é um dos mais fascinantes aspectos de aprender como curar a outra pessoa; você aprende a curar a si mesmo.
Ao menos você descobre as suas limitações.
A tendência a limitar o fluxo da energia por ter resistido aos sentimentos de alguém, na verdade aos seus próprios, não se restringe a situações de cura. Ela acontece a cada minuto da nossa vida. O amigo deprimido que o "deixou na fossa" não é realmente a causa do meu "baixo astral". A causa da minha depressão é minha própria resistência a quaisquer sentimentos que em mim querem aflorar e que acabo por reprimir. O que acontece durante uma sessão de canalização de energia, como o Reiki é só uma intensificação do que acontece a cada instante da nossa vida. No caso, as conseqüências são mais visíveis, mas as mesmas exigências da vida se aplicam à sessão de cura.
Há uma estranha ironia no que diz respeito à questão: ainda que você não possa se envolver diretamente com a condição negativa de alguém, se for grande o seu receio ou se você puder acreditar com toda a sua força, ser-lhe-á possível recriar dentro de si mesmo um estado psíquico muito semelhante a real condição da outra pessoa. Você tem esse poder, pois a energia acompanha o pensamento e, dessa forma, você tende a incorporar tudo a que você mais se opõe ou que tem medo. Mas, se isso acontecer, a outra pessoa não terá sido responsável por sua condição; você a terá criado por si mesmo, mediante suas reações e temores.
Novamente: tudo o que constitui a sua personalidade é sua própria condição.
Se o seu medo de travar contato com a energia negativa de outra pessoa é ainda muito grande, é preciso utilizar a sessão de canalização de energia Reiki como um meio de enfrentar e transformar esse medo, ou, reconhecendo que isso ainda se encontra além das suas possibilidades, não praticar Reiki com outras pessoas durante esses períodos; ao invés disso, trabalhe com você mesmo”.
Swami Shankara
Muitas pessoas acreditam erroneamente que, se não tomarem muito cuidado ao fazerem as pessoas com quem trabalham liberarem cargas negativas, elas acabarão absorvendo e desenvolvendo essa condição negativa em si mesmas. Muitas delas temem também ser vítimas da dor de cabeça alheia, cansaço ou até mesmo de uma doença. Sentem-se vulneráveis devido à aparente falta de imunidade do estado em que se encontram quando canalizam a energia Reiki para alguém direta ou à distância e, por isso, muitas têm aparecido com métodos de proteção para si mesmos.
A expressão condição negativa tem sido utilizada por pessoas que praticam cura, por gente que se entrega à meditação e por pesquisadores do espírito em geral para designar diferentes formas de energia negativa: rancor, medo, autopiedade, vícios comuns, crenças perniciosas, ideologias alienantes e assim sucessivamente. Condição negativa nos dá a noção de que isto não faz parte do que realmente somos, e de que estas experiências não são, de fato, negativas; elas são simplesmente várias formas da nossa resistência à experiência da Luz. Representam as nossas próprias impurezas espirituais, mentais, físicas e emocionais, à parte do estojo geral da condição humana que aqui pretendemos experimentar e transformar.
Sendo tão populares, essas crenças não apresentam nenhuma validade. Eis um exemplo de uma experiência entre as várias que dão origem a esses mitos: suponhamos que o terapeuta reikiano esteja em meio a uma sessão de cura com alguém doente. Se ele já trouxer comigo boa quantidade de dores reprimidas e mágoas ainda não resolvidas, só o fato de ele tornar-se consciente das dores e mágoas dessa pessoa despertará nele emoções semelhantes, antes adormecidas no fundo do seu ser, trazendo-as à superfície. No final da sessão, é possível que ele se sinta entristecido ou perturbado, e ache que adquiriu a mágoa ou a dor da pessoa; mas isso não passa de um engano; os sofrimentos que ele traz em si, pois os únicos a que ele tem acesso são exclusivamente do terapeuta.
Esse processo é muito semelhante ao de assistir a um filme. Se ele for triste, pode ser que nos faça sentir tristeza através de nossa identificação com os personagens. Porém, para a maioria de nós, essa tristeza se esvai até chegarmos ao estacionamento.
Contudo, o que dizer dessas poucas pessoas que acabam se sentindo tristes e melancólicas todo o resto da noite e até mesmo nos dias posteriores? Causou-Ihes o filme tanta tristeza e depressão? Parecerá claro que elas possuem como que uma condição individual, relacionado à tristeza que o filme despertou e trouxe à luz e, quanto mais bem-feito o filme, mais propícias pessoas estarão a ser apanhadas na trama das suas próprias emoções.
O que acontece quando o terapeuta presencia uma pessoa dar vazão a toda a sua tristeza, durante uma sessão de Reiki, não difere muito de assistir a um personagem vivendo suas desventuras numa tela. Quanto mais profunda e sincera a emoção sofrida pelo receptor, mais possibilidades o terapeuta tem de ver despertadas as suas. É importante lembrar que, seja qual for à experiência a que ele se entregue emocionalmente, tudo deve ser considerado apenas como a própria resposta emocional - ele não está adquirindo estas emoções de outra pessoa.
Ainda que determinada pessoa possa despertar no terapeuta certo sentimento de resistência ou algo que lhe sirva de obstáculo, dificultando a sua purificação (purificação desses mesmos sentimentos negativos), é necessário lembrar-se de que essa parte, inerente à sua própria condição negativa, ora desperta e vem à tona, sem ter-se originado noutra pessoa.
Tudo aquilo a que alguém se opõe (ou melhor, aquilo que o faz reagir) em outra pessoa sempre será o que você dissimula e tem medo de aceitar em si mesmo. A recíproca também é verdadeira: tudo aquilo que você não aceita dentro de si é o mesmo a que você se opõe em outra pessoa. A responsabilidade por seu próprio estado de espírito é inteiramente sua; a única condição negativa que constitui a sua personalidade só pode ter origem em você mesmo.
Mesmo quando as nossas emoções são provocadas por outra pessoa, o que realmente consegue obstruir a energia, durante a sessão de Reiki, são as nossas próprias reações a essas emoções. Quando sentimos ou reagimos às emoções latentes em nós mesmos, acabamos travando uma batalha contra nós próprios, bloqueando o fluxo da energia e impondo um cerco a nós mesmos.
Portanto, a chave para o terapeuta conservar-se em equilíbrio durante a aplicação de Reiki é cultivar para si mesmo, em relação à outra pessoa, uma atitude de aceitação consciente e de não reação.
Isso significa que, você, terapeuta reikiano, se uma emoção surgir em si (ou em outra pessoa), você não deve opor a ela, nem expulsá-la de si mesmo, nem se identificar com ela, nem alimentá-la; antes, aceite essa emoção e permita-lhe continuar no lugar onde está. Você deve se manter distante, deixando-a isolada. Assuma a postura do observador passivo diante de qualquer súbita emoção que possa sentir, em vez de tornar-se cativo dela ou de lutar contra ela e, inevitavelmente, acabar dominado.
Então, ela lhe passará como passam os pensamentos fugidios, e proporcionará lucidez e clareza em suas idéias. Em suma, isso equivale a aprender a conviver consigo mesmo e com os outros, ao invés de tentar resistir ou reagir a coisas que estão acontecendo.
É também possível, sem que se bloqueie o fluxo da energia, reproduzir em certa medida ou criar um reflexo do que a outra pessoa está liberando, ou captar a imagem de sua condição em nosso corpo. Isso contribui para que você sinta em seu próprio corpo o que está obstruído ou que está sendo liberado pela outra pessoa.
Reproduzir essa imagem não implica fazer despertar sua própria condição e nem adquirir a condição de outra pessoa. Apenas significa pôr-se temporariamente no lugar do outro para compreender como ele está se sentindo. Mas se você tiver sua condição despertada, pode voltar ao seu devido lugar. Algumas vezes, o agente de cura reproduz em si essa condição inconscientemente. Se o fizer, quando a aura da pessoa se, tomar clara, a sua também se tomará. Reproduzir a condição de outra pessoa é um ótimo instrumento. E não altera a linha mestra do trabalho; a condição negativa que você carrega consigo tem origem em você mesmo.
Aceitação consciente e não reação é, na verdade, o mesmo que o estado apropriado da mente. Para aceitar ou permitir a alguém ser como verdadeiramente é você também precisa permitir a si mesmo ser exatamente como é. De outro modo, toda vez que resistir a algo que começa a tomar vulto dentro de você, como uma forma de negar a si mesmo, você acabará resistindo à pessoa que, involuntariamente, desperta, de maneira semelhante, a emoção dentro de você.
Para sentir genuinamente amor incondicional por mais alguém, é preciso que você o sinta por si mesmo. Esse é um dos mais fascinantes aspectos de aprender como curar a outra pessoa; você aprende a curar a si mesmo.
Ao menos você descobre as suas limitações.
A tendência a limitar o fluxo da energia por ter resistido aos sentimentos de alguém, na verdade aos seus próprios, não se restringe a situações de cura. Ela acontece a cada minuto da nossa vida. O amigo deprimido que o "deixou na fossa" não é realmente a causa do meu "baixo astral". A causa da minha depressão é minha própria resistência a quaisquer sentimentos que em mim querem aflorar e que acabo por reprimir. O que acontece durante uma sessão de canalização de energia, como o Reiki é só uma intensificação do que acontece a cada instante da nossa vida. No caso, as conseqüências são mais visíveis, mas as mesmas exigências da vida se aplicam à sessão de cura.
Há uma estranha ironia no que diz respeito à questão: ainda que você não possa se envolver diretamente com a condição negativa de alguém, se for grande o seu receio ou se você puder acreditar com toda a sua força, ser-lhe-á possível recriar dentro de si mesmo um estado psíquico muito semelhante a real condição da outra pessoa. Você tem esse poder, pois a energia acompanha o pensamento e, dessa forma, você tende a incorporar tudo a que você mais se opõe ou que tem medo. Mas, se isso acontecer, a outra pessoa não terá sido responsável por sua condição; você a terá criado por si mesmo, mediante suas reações e temores.
Novamente: tudo o que constitui a sua personalidade é sua própria condição.
Se o seu medo de travar contato com a energia negativa de outra pessoa é ainda muito grande, é preciso utilizar a sessão de canalização de energia Reiki como um meio de enfrentar e transformar esse medo, ou, reconhecendo que isso ainda se encontra além das suas possibilidades, não praticar Reiki com outras pessoas durante esses períodos; ao invés disso, trabalhe com você mesmo”.
Swami Shankara