Do
Sonho
à
Meta!
by Dra. Elaine Marasca- médica antroposófica
Ao
cabo
de
cada
ano
invariavelmente
sempre
nos
perguntamos
sobre
o
balanço
do
ano
que
se
finda
e
as
expectativas
para
o
ano
que
se
inicia.
Neste
contexto, surgem duas palavras que ocupam o ponto central das frases,
das reflexões, dos desejos: sonhos e metas!
Seriam
elas sinônimos? Ou cada qual teria sua categoria semântica e
semiótica que lhes conferiria significados distintos? Vejamos:
O
sonho,
além
da
condição
fisiológica
que
se
instala
a
partir
do
sono,
ganha
outro
sentido
a
partir
de
um
desejo
direcionado
profissionalmente
ou
pessoalmente
visando
um
resultado
material
ou
de
desenvolvimento
pessoal,
mental
ou
mesmo
espiritual
– O
sonho
é
aquela
vontade
de
ter
ou
ser
que
ainda
não
foi
atingida
e
dormita
em
nossa
mente
ou
coração,
aguardando
uma
luz,
um
“flash”
que
a
acorde!
Poder-se-ia
dizer
que
essa
condição
é
de
natureza
passiva,
necessitando
de
um
impulso
para
startar
um
movimento
ativo
em
direção
à
sua
realização!
Note-se
como
se
escreve
essa
palavra:
REAL-IZ-AÇÃO.
Para
que
algo
se
realize
se
torne
concreto,
precisamos
do
Real
e
da
Ação!
Faz-se
necessário
a
construção
de
uma
“ponte”
entre
o
sonho
e
a
realização
cujo
ponto
final
poderíamos
denominar
por
META.
Do
sonho
até
a
Meta
há
um
processo
que
envolve
movimento
e
ação!
A
partir
do
sonho,
forma-se
uma
imagem
que
é
seguida
de
um
planejamento
com
etapas
de
curto,
médio
e
longo
prazo,
até
que
se
consiga
atingir
o
alvo
desejado!
Inserimos
aqui
mais
uma
palavrinha
que
completa
o
ciclo
do
sonho
à
meta
que
é:
imagem.
Dizem
que
quando
conseguimos
fazer
a
imagem
clara
daquilo
que
almejamos,
é
porque
essa
“coisa”
já
existe
talvez
em
outra
dimensão
e
está
aguardando
ser
convocada
para
se
tornar
realidade!?
Certo
é
que
a
concretização
irá
acontecer
quando
se
cumprir
a
tríade:
sonho,
imagem,
meta.
Os
dois
primeiros
itens
(sonho
e
imagem)
podem
ter
caráter
subjetivo,
mas
o
terceiro,
a
meta,
carece
de
objetividade
e
ação!
Meta
é
uma
seta
que
aponta
para
o
alvo
e
carrega
consigo
um
cortejo
de
recursos
físicos
e
humanos
empenhados
na
realização,
ou
seja,
tornar
o
sonho
real
– é
o
fazer
acontecer
– o
trabalho
– o
suor
– o
esforço!
Os
significados dessas palavras estão mais nítidos agora:
Sonho
– é
o
“começo,
a
idéia,
a
utopia.
Imagem
– é
o
sonho
iluminado
– jogou-se
luz
e
se
desvendou
uma
imagem
clara.
Meta
– a
partir
da
imagem,
traça-se
o
plano
rumo
à
realização;
o
possível,
o
real,
o
concreto.
Para
se
alcançar
um
resultado
precisamos
então
desses
três
momentos:
sonho
e
imagem
que
são
vividos
internamente
(dentro
de
nós)
e
o
movimento
em
direção
à
meta
que
nos
leva
para
o
mundo
externo,
para
fora,
para
o
outro!
Se
observamos
bem,
todos
os
processos
humanos
percorrem
esse
“movimento
respiratório”
– dentro
e
fóra
(como
o
ar)
nos
colocando
ora
em
contato
conosco,
ora
em
contato
com
o
outro
e
a
natureza.
Para
nos
realizarmos,
precisamos
estar
íntegros
com
nossas
idéias
e
sonhos.
Saber
compor
imagens
claras
daquilo
que
almejamos,
pois
isso
faz
parte
de
nossa
missão
de
vida.
Identificar
e
conduzir
habilidades
e
talentos
em
direção
à
meta,
cuja
conquista
portará
alegria,
auto-estima
e
bem-estar!
Porém,
não
fazemos
isso
sozinhos
– o
outro
é
quem
nos
completa!
Assim
como
não
podemos
prender
o
ar
nos
pulmões
e
tentar
viver
só
com
aquele
ar
– precisamos
necessariamente
deixar
sair
esse
ar
para
fóra,
para
o
mundo,
para
fazer
parte
do
ar
que
será
inalado
pelas
outras
pessoas
– assim
também
precisamos
captar
um
“novo”
ar
que
estará
impregnado
da
“respiração”
das
outras
pessoas
que
nos
cercam,
para
nos
manter
vivos.
Sonhos,
imagens
e
metas
não
são,
portanto,
sinônimos;
são
atividades
conseqüentes
que
integralizam
o
desenvolvimento
dos
processos
vitais,
inerentes
ao
ser
humano,
recuperados
a
cada
ciclo
anual,
desvendando
novas
possibilidades
de
REAL-IZ-AÇÕES!
Feliz
2013!